segunda-feira, 1 de março de 2010

VemVai - O Caminho dos Mortos



O espetáculo da Cia fez mais uma temporada de sucesso na Caixa Cultural São Paulo, um prédio imponente no coração da cidade, na Praça da Sé. A temporada foi de 31 de outubro a 09 de novembro de 2008.




















 
Críticas

28/01/2009 - 07h48

Cia. Livre de Cibele Forjaz abre sede com versão de peça premiada

As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações
da Folha Online
Nove anos depois de terem se transformado oficialmente em companhia teatral, a Cia. Livre --capitaneada pela diretora Cibele Forjaz-- inaugura sua sede na sexta-feira, 6 de fevereiro, às 21h. Na abertura do espaço, batizado de Casa Livre, o espetáculo "VemVai - O Caminho dos Mortos" volta ao palco em uma nova versão.
Divulgação
"VemVai - O Caminho dos Mortos" convida a presenciar histórias sobre tipos de morte
"VemVai - O Caminho dos Mortos" convida a presenciar histórias sobre tipos de morte
A peça, que rendeu os prêmios Shell 2008 de Teatro, de melhor direção para Forjaz e de melhor atriz para Lúcia Romano, é uma criação de Newton Moreno, em parceria com a Cia. Livre, a partir da recriação de mitos e cantos sobre as concepções da morte de povos ameríndios. No elenco estão Cristina Lozano, Christian Amêndola, Edgar Castro, Henrique Guimarães, José Eduardo Domingues e Raquel Anastásia.
Para a inauguração, a peça ganhou uma nova versão, mais enxuta, de 90 minutos, focada na relação entre vivos e mortos e seus múltiplos sentidos para a vida. Outra diferença é a forma de pagamento. Não haverá preço fechado de ingresso, ou seja, cada pessoa paga quanto puder e quiser pela apresentação.
Reforma
Para sediar a Casa Livre, o galpão, localizado na rua Pirineus, 107, na Barra Funda (próximo à estação de metrô Marechal Deodoro), passou por reformas. A principal ideia da companhia foi projetar um espaço multiuso que permitisse experimentar diversas linguagens e estilos de palco (arena, italiano, corredor e outros).
Entre as adaptações que o ambiente sofreu estão a retirada de duas colunas para melhor visualização, o total isolamento acústico do espaço, a ampliação da carga de energia elétrica para uma iluminação adequada e a adaptação dos dois banheiros para o uso de deficientes físicos.
O projeto já prevê para abril a estreia do espetáculo "Raptada pelo Raio", livre recriação de um mito-canto ameríndio, marcando a continuidade de pesquisa da Cia. Livre.
Casa Livre - r. Pirineus, 107, Barra Funda, região central, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3564-3663. 40 lugares. 90 minutos. Reestreia: sex. (6): 21h. Qua., qui. e sex.: 21h. Sáb.: 18h e 21h. Dom.: 17h e 20h. Até 12/4. Ingr.: pague quanto puder. Não recomendado para menores de 12 anos.

VemVai – O Caminho dos Mortos

por Fabrício Muriana
http://www.bacante.com.br
07 May 2007

A morte e a morte numa Paulista qualquer

Foto: Nelson Kao
Algumas vezes já me perguntei o que passa pela cabeça de uma pessoa que trabalha fazendo sinopses de filmes, quando se deparam com obras do David Lynch, do Vincent Gallo ou da Lucrécia Martel. Depois de assistir VemVai – O Caminho dos Mortos, em cartaz num andar inteiro do Sesc da Avenida Paulista, passei a querer me corresponder com esses redatores de sinopses, pra, talvez, aliviar a angústia do meu resenhar.
Não que eu escreva sinopses, mas o problema está nas palavras. Não há palavras para definir algumas imagens, sons e sensações que a Cia. Livre propõe nesse espetáculo. Seja porque não fazem parte da nossa tradição narrativa ocidental, seja porque são diferentes de praticamente tudo que eu já havia visto sobre o tema.
Há duas semanas, estava em cartaz no CCSP a peça Adubo ou a sutil arte de escoar pelo ralo. Os paralelos com a montagem de VemVai são tantos que me arrisco a dizer (ou suplicar) a quem viu aquela, que veja também essa do Sesc Paulista. Processo coletivo de criação, construção de imagens, poucos elementos cênicos muito bem explorados, entrega total dos atores, extensa pesquisa de textos não necessariamente teatrais são só os aspectos mais vísiveis do diálogo. A morte é o tema central de ambas as peças, mas como ficaram diversas as montagens!
VemVai propõe um diálogo-refeição. Em todos os momentos do espetáculo os barulhos da Avenida Paulista não nos deixam esquecer onde estamos presenciando aquele ritual proposto pela Cia Livre. Esse ritual apresenta a cultura dos povos ameríndios como o prato principal e nós, como convidados do banquete. Sem exageros, até salsicha é servida no espetáculo como forma sublime de representação. E eu comi.
Estruturalmente, o único elemento narrativo material que vai do começo ao fim de VemVai é o vaká, que depois aprendemos que é o duplo (ou alma) para a etnia dos Marubo (viu como nós lemos o programa da peça?). Rasgando a montagem em diversos pedaços, temos cenas que vão desde rituais de canibalismo funerário até vendedores de tapioca apressados.
Música, vídeo, dança, conversas, interação física com o público e até teatro (vejam só) são os elementos para transportar o público para o diverso. Diferente de Adubo, que escracha a morte para celebrar a vida, VemVai coloca a morte como passagem e por isso os seus rituais. Não nega a dor da passagem, mas demonstra que é possível encará-la de forma menos espetacular que as atuais coberturas da mídia, menos aterrorizante que os mitos das religiões ocidentais, menos “fim-de-tudo” e “despedida” como são concebidos os velórios e enterros dos nossos dias. VemVai demonstra que nossa sociedade precisa reaprender a morrer, para aproveitar com mais intensidade a vida.


CIA LIVRE INAUGURA ESPAÇO

PRÓPRIO COM A RE-ESTREIA DE

VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS
www.dicadeteatro.com
 
Foto de Nelson Kao




Localizado no bairro da Barra Funda, próximo a estação de metrô Marechal

Deodoro, o novo espaço batizado de CASA LIVRE conta, além da sala

de espetáculo com a possibilidade de utilização variada, com camarins, bilheteria,

escritório e sala de espera. Na abertura do espaço, o espetáculo

VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS, que rendeu os prêmios Shell

de Teatro de direção para Cibele Forjaz e atriz para Lúcia Romano, volta

aos palcos numa versão remix. Para comemorar, a Cia. traz de volta

o “pague quanto der”, onde não há preço de ingresso definido e o

público paga quanto quiser e puder pela apresentação



Nove anos após terem se transformado oficialmente em uma companhia teatral, a Cia. Livre inaugura sua sede própria no dia 6 de fevereiro, sexta-feira, às 21 horas, com a volta em cartaz da peça VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS. Texto de Newton Moreno, em processo colaborativo com a equipe da Cia. Livre, sob direção de Cibele Forjaz, a partir de adaptações e recriações livres de cantos e narrativas de povos ameríndios, traduzidos e pesquisados por Pedro Cesarino, o espetáculo traz no elenco os atores Cristina Lozano, Christian Amêndola, Edgar Castro, Henrique Guimarães, José Eduardo Domingues e Raquel Anastásia.



Como forma de presentear o público pela abertura da CASA LIVRE, nome escolhido para a sede do grupo, não haverá preço fechado de ingresso, ou seja, cada pessoa paga quanto puder e quiser pela apresentação. Contemplado com o Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, o projeto inclui ainda, em abril, a estréia do espetáculo RAPTADA PELO RAIO, livre recriação de um mito-canto Ameríndio, que marca a continuidade de pesquisa da Cia. Livre.



A idéia da sede surgiu porque, segundo a diretora Cibele Forjaz, a Cia sentia necessidade de ter um local que ajudasse no cotidiano de pesquisa. “Com o novo espaço, poderemos apresentar nossos espetáculos, ampliar nossa pesquisa com processos abertos e realizar oficinas”, afirma ela, adiantando ainda que também está nos planos da Cia. abrir a CASA LIVRE para grupos convidados.



“Nosso objetivo é que esse espaço seja permanente, por isso procuramos um galpão amplo que pudesse se adaptar aos diversos estilos de palco (arena, italiano e corredor, entre outros)”, conta Cibele. A CASA LIVRE fica na Barra Funda, no centro de São Paulo, na Rua Pirineus 107, uma travessa da Avenida São João, paralela a Avenida Angélica e próxima da estação de metrô Marechal Deodoro. “Além de um espaço que fosse de fácil acesso ao público e que atendesse às nossas necessidades de tamanho e verba, queríamos um lugar em uma região em que pudéssemos colaborar em algo com a cidade. Essa área do centro tem o charme antigo dos Campos Elíseos de São Paulo e quer ser revitalizada, clama por isso. Não é por acaso que a região concentra cada vez mais teatros, espaços culturais e sedes de companhias teatrais, como o Teatro São Pedro, a Casa da Palavra, a Funarte, o Galpão do Folias, a sede da Cia. São Jorge de Variedades e a Casa Laboratório, entre outros”, afirma Cibele.


Reforma do espaço

A principal idéia da Cia. Livre na reforma do galpão era não descaracterizar e preservar a memória do espaço. A proposta foi projetar um espaço multiuso que permitisse experimentar as diversas linguagens de pesquisa da Cia. “A principal característica do novo espaço é a ocupação total com várias possibilidades de relação com a platéia, ponto capital da pesquisa cênica da Cia. Livre. Abrimos portas para o jardim externo e portais para o corredor lateral que atravessa o espaço, criando um labirinto de entradas e saídas, de forma a possibilitar uma circulação cheia de surpresas e truques de teatro” explica a diretora.



Cibele Forjaz conta que a apresentação de VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS no novo espaço já vai dar a idéia de utilização. “No espetáculo a primeira cena terá a platéia numa arquibancada com palco italiano, na segunda cena teremos uma arena e na terceira e última o público estará dentro da cena. Isso mostra a versatilidade da CASA LIVRE.”



Entre as adaptações que o galpão sofreu para abrigar a sede da Cia. Livre estão a construção de uma área na entrada com porta corta-fogo e trave de segurança, a retirada de duas colunas para melhor visualização, o total isolamento acústico do espaço, ampliação da carga de energia elétrica para uma iluminação adequada e a adaptação dos dois banheiros para o uso de deficientes físicos. A bilheteria, localizada na entrada do espaço, também foi construída e conta com uma ante-sala, que funcionará como uma sala de espera para que o público aguarde a entrada na área de espetáculos.



VemVai – O Caminho dos Mortos

Para a inauguração da sua sede, a Cia. Livre optou pela re-estréia do espetáculo VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS. Para isso, a peça ganhou uma nova versão, mais enxuta, de 90 minutos, que já foi mostrada nas apresentações em outras cidades. “Para essa re-estreia decidimos focar o espetáculo na relação entre vivos e mortos e seus múltiplos sentidos para a nossa vida. Com as temporadas e viagens por outras cidades acabamos por ver o espetáculo de outra maneira, chegamos a uma forma mais dinâmica e até divertida de representar diferentes concepções de morte”, acrescenta Cibele.



Entendido como percurso, VEMVAI – O CAMINHO DOS MORTOS propõe a ocupação de um galpão por uma cenografia-instalação. Por dentro desse espaço que vai se montando e desmontando, a encenação desfia sua teia textual e imagética. O espetáculo traça um estudo sobre a morte e o fim, por meio de várias histórias fincadas na cultura indígena que se encadeiam em torno da idéia de travessia. O público também atravessa o espaço cênico montado com cortinas, portas e portais e interage com a encenação.



O espetáculo, além de cumprir temporada em São Paulo, já fez apresentações em Brasília, Rio de Janeiro, Cariri (Ceará), Recife e Londrina.


Pague quanto der

A diretora da Cia. Livre, Cibele Forjaz acha injusto que uma pessoa deixe de ir ao teatro porque não pode desembolsar o valor exato afixado na bilheteria. Por isso, a Cia. Livre lançou, em 2004, durante a sua ocupação do Teatro de Arena Eugênio Kusnet, a campanha do “pague quanto der”. O próprio nome já diz: é o espectador quem decide quanto pode pagar pelo ingresso. “Para as pessoas que estão em dúvida diante dessa liberdade de escolha, sugerimos que pensem num meio termo entre o que vale uma noite no teatro e o que podem gastar. Assim, todos só temos a ganhar – tanto os espectadores, que compram o ingresso na medida do seu bolso, quanto nós, artistas de teatro, que precisamos da bilheteria para continuar trabalhando. Em lugar do preço fixo e da burocracia de meias-entradas, descontos e convites, preferimos criar uma troca direta de generosidades”, explica Cibele, afirmando ainda que “pague quanto der” é ingresso e não contribuição.



Sobre a Cia. Livre
A Cia. Livre deve o seu nome a um desejo tão florido quanto espinhoso: constelar em trupe um bando de artistas que renegam diretores permanentes e ao mesmo tempo revezam funções conforme a bola da vez. A nascente da Cia. foi o Estudo Público das Tragédias Cariocas de Nelson Rodrigues (1999) e daí surgiu um par de montagens: Toda Nudez Será Castigada! (2000/02) e Os 7 Gatinhos (2000/01). Para continuar os trabalhos da Cia. Livre, Cibele Forjaz escolhe montar, em 2002, o espetáculo Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, enquanto Gustavo Machado escreve e dirige Pagarás Com Tua Alma (2000/04) e De Quatro (2004/07). Vadim Nikitin escreve e dirige O Nome da Peça depende da Lua (2004) e Dostoiévski (ou 3497 Rublos e Meio), em 2005.



Em 2004, a Cia. Livre ocupou o Teatro de Arena com dois projetos que ligam história a teatro: O projeto Arena Conta Arena 50 Anos, sob direção geral de Isabel Teixeira, que resgatou através de Depoimentos, palestras e leituras dramáticas à história e as memórias do Teatro de Arena, nascedouro do teatro de grupo paulista, e a montagem de Arena Conta Danton, livre recriação de A Morte de Danton, de Georg Büchner, com dramaturgia de Fernando Bonassi, em processo colaborativo com a Cia. Livre. O projeto virou uma exposição no Instituto Tomie Ohtake, permanecendo três meses em cartaz, onde no Grande Hall e nas três salas ocupadas, o Arena se contava em outro contexto, levando ao público uma experiência teatral fora das salas de teatro. O espetáculo Arena Conta Danton viajou sem parar até girar para além das fronteiras brasileiras, em Berlim, na Copa da Cultura de 2006.



Dramaturgia – Newton Moreno em processo colaborativo com a Cia. Livre. Direção – Cibele Forjaz. Coordenação da Pesquisa – Pedro Cesarino. Elenco – Cristina Lozano, Christian Amêndola, Edgar Castro, Henrique Guimarães, José Eduardo Domingues e Raquel Anastásia. Direção de Arte, Cenografia e Figurinos – Simone Mina. Música Original – Luiz Gayotto. Direção de Produção e Administração da Casa Livre – Eneida de Souza. Realização – Cia. Livre.

Espetáculo recomendável para maiores de 12 anos.


 http://www.manoelnetto.com/londrina/wp-content/uploads/2007/03/windowslivewriterjornaldelondrina-13f0bimage05.png


Divirta-se

FILO 40 ANOS

Uma visão diferente da senhora morte

Grupo paulistano apresenta Vemvai – O caminho dos mortos, espetáculo baseado em narrativas e mitos ameríndios

17/06/2008 | Paulo Briguet

A Cia. Livre, de São Paulo, apresenta de hoje até quinta o espetáculo Vemvai – O caminho dos mortos, às 20 horas, no Teatro Marista.
A peça mostra visões da morte inspiradas em cantos e narrativas de povos ameríndios. A dramaturgia é de Newton Moreno; a direção, de Cibele Forjaz; a trilha sonora (executada ao vivo), de Luiz Gayotto; a criação, coletiva. Os textos usados no espetáculo foram pesquisados e traduzidos pelo antropólogo Pedro Cesarino.
Vemvai recebeu dois prêmios Shell, nas categorias melhor direção (Cibele Forjaz) e melhor atriz (Lúcia Romano).
Em geral, morte é assunto complicado para nós ocidentais. É a “viagem de improvável volta”, “a indesejada das gentes”, representada por uma caveira sombria que carrega uma foice implacável.
Vemvai apresenta imagens diferentes do tema. A Cia. Livre recria temas e histórias de nações indígenas como Amuesha, Yekuana, Araweté, Tupinambá, Kaxinawá e assim por diante. “É o povo da Paulista traduzindo os cantos do povo da floresta”, diz a diretora Cibele Forjaz.
“Os ameríndios consideram a morte como conseqüência natural, um caminho a ser realizado pelos duplos de cada indíviduo”, explica a premiada atriz Lúcia Romano. “Não são sociedades memorialistas. A pessoa que morre não deve ser lembrada; uma das formas de lidar com a morte é devorando o corpo da pessoa para que ela se transforme em parte de você.”
É isso mesmo. Canibalismo e antropofagia são temas de Vemvai – e a própria criação da peça é descrita como um ato de antropofagia cultural, teorizada e defendida pelo modernista Oswald de Andrade.
Vemvai é um caminho. E o espectador é o principal personagem do trajeto. “Para fazer essa peça, tivemos que morrer um pouco”, diz o ator Henrique Guimarães. “No imaginário dos ameríndios, a morte é uma idéia de transformação perpétua. Tanto é que em algumas sociedades há festas da morte. A morte não é associada às idéias de tristeza e medo”, comenta a diretora.
“Cada vez mais a nossa sociedade separa morte da vida. Ao fazer isso, uma parte importante da vida deixa de existir”, afirma Cibele Forjaz. E citando o psicanalista e poeta Hélio Pellegrino, complementa: “Sem a morte, a vida não vale a vida”.
roteiro Movimentos compõem viagem a outros mundos “Não ser canibal não significa não pensar canibal”, diz o programa da peça Vemvai – O caminho dos mortos. O espetáculo é composto por cinco movimentos, equivalentes ao teatro de estações da Idade Média. No primeiro movimento, mitos da Mesopotâmia e dos Amuesha (da Amazônia peruana). No segundo movimento, relatos do explorador Hans Staden se combinam com uma história dos Kalapalos do Alto Xingu. Os três movimentos seguintes configuram uma visita ao mundo dos mortos com personagens e lendas das nações Wayãpi, Marubo, Araweté e Yekuana.



CENA CONTEMPORÂNEA 2008

5, 6 e 7/9 às 20h, no Teatro Galpão
(Espaço Cultural 508 Sul)

VemVai – O Caminho dos Mortos
Cia. Livre (SP)
O ponto de partida de Vem Vai foi uma pesquisa da Cia. Livre sobre mitos de morte e renascimento na cultura e para isso o grupo mergulhou na cultura dos ameríndios - em especial, os Araweté, Parakanã, Wayãpi, Marubo, Pakaa-Nova, Krahó, Jívaro, Kalapalo e Mundurucu. Na montagem, a platéia percorre os espaços através de um ator-guia. Os espectadores atravessam ambientes, presenciando histórias e narrativas míticas que reinterpretam os vários estágios do caminho dos mortos (intitulados "A morte ritual", "O canibalismo guerreiro", "O canibalismo funerário", "Vem-vai - O caminho-morte" e "O canibalismo celeste") dos povos ameríndios. Simbolicamente, ao atravessar o caminho dos mortos, o público se torna “personagem” principal do espetáculo.
Atores-jogadores: Chris Amendola, Edgar Castro, Eda Nagayama, José Eduardo Domingues, Henrique Guimarãez, Lucia Romano e Raquel Anastásia
Direção geral e encenação: Cibele Forjaz
Dramaturgia: Newton Moreno
Contra-regra e diretor de cena: Elias Ferreira
Treinamento de kempô, preparação corporal e coreografia das lutas: Thiago Antunes
Treinamento de máscara, preparação corporal e direção das cenas com máscara: Cuca Bolaffi
Coreografia da “Construção do Caminho dos Mortos”: Juliana Moraes
Direção musical: Luiz Gayotto
One-man band”: Godoy Jr.
Direção vocal: Lucia Gayotto
Desenho de luz: Lucia Chediek
Direção de arte: Simone Mina
Produção executiva e administração: Emerson Mostaco
Realização: Cia.Livre (Cooperativa Paulista de Teatro)
Duração: 120 minutos
Não recomendada para menores de 14 anos





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